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2º Guia IAB para a Agenda 2030 terá projeto urbanístico sustentável de arquiteto goiano

O trabalho de um arquiteto e urbanista goiano foi selecionado para integrar o 2º Guia IAB para a Agenda 2030, que será lançado no próximo sábado, 24, durante a programação do 27º Congresso Internacional da União Internacional de Arquitetos (UIA2021). O UIA2021, um dos mais importantes eventos de Arquitetura e Urbanismo do mundo, está sendo realizado no Rio de Janeiro.

Acompanhe o lançamento clicando aqui.

Para sua cidade-laboratório de sustentabilidade urbana no Cerrado, José Fernandes da Cunha propôs, em seu Trabalho de Conclusão de Curso na PUC Goiás, uma usina termosolar de geração de eletricidade, a utilização de efluentes e resíduos orgânicos domésticos e comerciais na produção de biogás (a ser usado como combustível para o transporte público), captação e aproveitamento de água pluvial nas habitações, priorização aos modos de transporte à pé e em bicicleta, parque linear percorrendo toda a cidade, proporcionando lazer, qualidade de vida e melhoria das condições ambientais – entre inúmeras outras soluções.

Visando o potencial de produção de energia renovável de Goiás, foi escolhida para a implantação da cidade-laboratório uma área particular entre os municípios de Iaciara, São Domingos e Guarani de Goiás, às margens do Rio Paranã, no Nordeste Goiano. O núcleo inicial comportaria 16 mil habitantes.

O Guia IAB para a Agenda 2030 reúne 51 projetos de arquitetos e urbanistas brasileiros que colaboram com cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A publicação do Instituto de Arquitetos do Brasil pretende promover as soluções arquitetônicas e urbanísticas como importantes ferramentas para que a humanidade consiga alcançar as 17 metas da ONU para o desenvolvimento sustentável.

Segundo a arquiteta e urbanista Adriana Mikulaschek, conselheira federal do CAU e orientadora do trabalho em 2019, a publicação contribui com a divulgação de soluções possíveis para o meio urbano. “Essa discussão precisa ser ampliada, conhecida e interiorizada por nós, arquitetos”, afirma. “Precisamos pensar diferente na hora de construir cidades.”

Para José Fernandes, a seleção é um reconhecimento muito bem-vindo. “Foram inúmeros estudos de casos para selecionar, para cada situação, a melhor solução quanto a tratamento de efluentes, captação e reaproveitamento de água, aproveitamento e geração de energia. Também foi considerada a sustentabilidade econômica, porque, sem uma base econômica viável, tudo não passa de uma utopia.”

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