Destaque

“Temos um Brasil inteiro para ser construído”, afirma Marcelo Ferraz em Aula Magna

O CAU/GO recebeu na décima oitava edição da Aula Magna, no último dia 23, os fundadores do escritório Brasil Arquitetura, os arquitetos e urbanistas Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci. Com extenso portfólio e projetos executados no Brasil e outros países, os arquitetos e urbanistas abordaram o início de suas carreiras e projetos realizados, além de tirarem dúvidas de profissionais e estudantes. O evento online, transmitido pelo Youtube do Conselho, contou com 556 inscrições e alcançou mais de mil visualizações.

“O Brasil é um país inteiro a ser construído. Falta de tudo no país, nas cidades pequenas não tem arquitetos, tem trabalho pra muita gente. E os arquitetos tomados por alguma consciência de que vão fazer alguma coisa para melhorar a vida das pessoas e das comunidades, têm um campo infinito de trabalho nos próximos 50 anos”, disse Marcelo Ferraz dando início à aula magna.

No decorrer do evento, os arquitetos destacaram a importância de “trocar de pele” dentro da profissão para que seja possível a criação de projetos em variadas áreas. Um ponto destacado por Francisco Fanucci foi o papel do arquiteto em promover espaços que estimulem o convívio das pessoas.

O arquiteto contou que, no início do escritório, em momentos difíceis, foi essencial a realização de projetos mesmo sem um cliente existente, afirmando que não se pode “esperar o telefone tocar” para projetar. “É preciso inventar”, afirmou Fanucci. Exemplo da importância dessa prática foram os projetos KKKK e o projeto do Museu do Pão, em que o escritório batalhou com gestões governamentais e patrocinadores para viabilizar sua realização.

Durante a aula, os arquitetos detalharam o processo de elaboração de três projetos arquitetônicos realizados pela Brasil Arquitetura: Museu do Pão (RS), Praça das Artes (SP) e Casa de Oxumarê, um dos mais antigos e tradicionais terreiros de candomblé da Bahia.

Em Goiás, a Brasil Arquitetura realizou o projeto arquitetônico executado em parceria com o artista plástico Siron Franco, do Monumento às Nações Indígenas, localizado em Aparecida de Goiânia.

Marcelo e Francisco responderam questões sobre o atual cenário do mercado de trabalho, obras clandestinas, projetos engavetados, sustentabilidade e outros temas.

Sobre o vasto número de obras realizadas sem a responsabilidade técnica de um profissional habilitado, Marcelo Ferraz acredita que, considerando que a maioria da população não conhece a importância da arquitetura, se faz ainda mais importante o papel do CAU na divulgação da necessidade do arquiteto e da função do projeto arquitetônico.

Quando questionados sobre como lidam com projetos que não são executados, Marcelo conta que esse é o caso da maioria de seus trabalhos. Também é comum que projetos demorem anos para serem de fato executados.

“Em uma experiência de fazer um projeto, você agrega, de certa maneira, elementos que ficam em algum canto da sua cabeça e que você pode reativar em outro trabalho. Acho que isso é importante”, afirmou Francisco Fanucci.

Confira na íntegra a Aula Magna com os fundadores da Brasil Arquitetura realizada pelo CAU/GO.

Saiba mais
Conselho realiza Aula Magna com escritório Brasil Arquitetura nesta quarta, 23

OUTRAS NOTÍCIAS

Prêmio de TCC 2024: evento celebra trabalhos vencedores e homenageia Lúcia Maria Moraes

“Chame o profissional certo” – CAU/GO lança campanha de valorização profissional na TV e rádio

Benefícios: arquitetos e urbanistas têm condições especiais para planos de saúde da Unimed Goiânia