Entre as atribuições profissionais definidas pelas normas que regem a profissão do arquiteto e urbanista, estabelecidas de acordo com as diretrizes curriculares do Ministério da Educação e com o que é ensinado nas escolas, está a de projetar, acompanhar obra e fiscalizar o restauro de patrimônios arquitetônicos ou urbanísticos.
“É muito importante a atuação do arquiteto e urbanista na área de preservação e restauro de patrimônio histórico e arquitetônico”, afirma a arquiteta e urbanista Anamaria Diniz. “Pois esse profissional tem a visão urbanística, o contexto histórico dos lugares, da paisagem urbana e das pré-existências, podendo correlacionar memória e história”.
“A atuação dos arquitetos no campo do patrimônio histórico e cultural é de interesse público”, diz a gerente geral do CAU/GO, Isabel Barêa Pastore. “A preservação da história e da memória da sociedade levam imóveis, conjuntos edificados e espaços públicos a serem usados, direta ou indiretamente, pela coletividade”, afirma.
Recentemente, Anamaria participou do projeto de restauro da igreja Nossa Senhora das Mercês em Pilar de Goiás, em que coordenou uma equipe multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros e especialistas no tema. “Elaboramos documentos de levantamento histórico, patrimonial, memorial descritivo do bem tombado, diagnóstico, mapa de danos, registro fotográficos, materiais para audiências públicas e execução da obra”, explica. Todo o trabalho poderá ser conhecido por meio de um livro que deve ser publicado no próximo ano.
Entre as atividades e atribuições profissionais definidas pela legislação, estão as que se referem a projeto e execução na área de Patrimônio Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico. Para Anamaria Diniz, entre as atribuições que merecem especial atenção estão: avaliação do estado de conservação, projeto de requalificação, plano de conservação preventiva, inventário patrimonial e execução de obra de preservação ou de obra de restauração. “Essas são algumas das principais atividades que o arquiteto e urbanista desenvolve nessa área específica de Patrimônio”, afirma.
De acordo com a arquiteta e urbanista Beatriz Otto, que desde 2009 trabalha na Superintendência do Iphan em Goiás, o profissional pode atuar no setor público ou privado. “No setor público, ele tem papel de gestão, sempre articulado com municípios e Estado”, explica. Segundo ela, no setor privado há poucos prestadores de serviço com formação e experiência na área – “seja na elaboração de projetos de restauro, seja na execução das obras”, diz.
No próximo dia 24, o CAU/GO realizará, em parceria com o Iphan, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Ministério Público do Estado (MP-GO), o colóquio “Patrimônio urbano e ambiental de Goiânia: como preservar?”. O evento será no auditório do MP, das 14h às 18h. As inscrições estão encerradas.
Com o objetivo de discutir estratégias de preservação do patrimônio, o evento tratará da importância das edificações residenciais do núcleo inicial de Goiânia, como elemento de construção da paisagem urbana histórica da capital. A programação é gratuita e aberta a todos os interessados. Haverá emissão de certificados. Clique aqui para saber mais.
Desde o dia 19, o Conselho veicula na rádio Executiva (92,7 FM) uma campanha de valorização profissional, chamando a atenção para o trabalho do arquiteto e urbanista na preservação e valorização do patrimônio histórico. Confira abaixo: