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Campanha do Dia do Arquiteto e Urbanista 2021 do CAU/BR destaca atuação em diferentes espaços

“Arquitetos e urbanistas solucionam os espaços para você viver melhor” é o tema da campanha comemorativa do Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista de 2021.  São destaques entre as peças vídeos para TV e redes sociais, “reels” para Instagram e anúncios para jornais e revistas. Os “reels” mostram “o que um arquiteto faz”, com exemplos tirados dos projetos apresentados no vídeo.

 

As locuções dos audiovisuais e os textos dos impressos destacam:

 

Arquitetos e urbanistas solucionam os espaços para você viver melhor…. projetam, reformam e constroem. Com técnica e conhecimento, criam espaços adequados para todo tipo de atividade humana. São profissionais com responsabilidade técnica, social e ambiental.

 

O arquiteto é o profissional que você precisa para construir ou reformar sua casa com qualidade, segurança e conforto. Sem desperdício de materiais e tempo. E além de tudo, o trabalho do arquiteto valoriza seu imóvel, humaniza e melhora sua cidade.

 

Se você vai reformar ou construir, valorize seu espaço com economia de tempo e dinheiro. Contrate um arquiteto.

 

A campanha é também uma homenagem a três grandes arquitetos brasileiros falecidos este ano: Paulo Mendes da Rocha, Jaime Lerner e Ruy Ohtake. Além de trabalhos assinados por eles, a campanha mostra projetos de escritórios e jovens profissionais autônomos que vêm se destacando no mercado.

 

Em 15 de dezembro de 2021, comemora-se também os 10 anos de instalação do CAU, criado em 2010 pela Lei 12.378, de 31 de dezembro.

 

 

 

Um dos projetos destacados é a maior pista de skate da América Latina, recém inaugurada em Porto Alegre como parte do Parque da Orla do Guaiba, projeto de e Jaime Lerner Arquitetos Associados. O projeto executivo da pista também é do escritório, que contou com a consultoria, acompanhamento técnico e execução da obra da Rio Ramp Design (arquitetos Bruno Pires e Sylvio Azevedo) e SPOT Skateparks (arquiteto Frederico Cheuiche). “O skate agora é modalidade olímpica e isso faz com que o poder público tenha um olhar mais crítico e responsável para construir equipamentos realmente adequados à prática”, diz Fred Cheuiche, que atua há 17 anos na área da arquitetura e do skate.

Paulo Mendes da Rocha é lembrado com o projeto do SESC 24 de Maio, em São Paulo, elaborado com MMBB Arquitetos. O conjunto complexo de instalações de recreação e serviços ocupa o edifício sede da antiga Mesbla, localizado no centro da cidade, é um exemplar de transformação no patrimônio urbano construído. O local conta com teatro de 245 lugares, loja, cafeteria e café, restaurante, área de convivência, biblioteca, espaço para leitura, espaço de brincar, solário e salas multiuso.

 

 

Sua “Praça do Sol”, na cobertura, com piscina, virou cartão-postal. Outro destaque arquitetônico  é um novo sistema de circulação vertical , rampas que criam um circuito claro como se fossem continuidade das calçadas externas. As enormes paredes de vidro sustentadas por estruturas de ferro que formam um mosaico espacial convidam à contemplação da arquitetura – da própria construção e dos emblemáticos vizinhos: Edifício Itália, Banespa e tantos outros. “Estamos imersos na referência”, diz o arquiteto em entrevista à Casa Vogue.  A chave da transformação foi não demolir o prédio já existente e incorporar o anexo, usado para serviços”.

Ruy Ohtake é homenageado com o destaque dado ao condomínio residencial “Redondinhos”, que ele projetou, voluntariamente, para Heliópolis, favela paulistana  que aos poucos vem sendo transformada em bairro. O arquiteto atuou graciosamente, em parceria com a UNAS  (União de Núcleos Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco. 

 A história do conjunto habitacional começou com uma fala mal interpretada do arquiteto. Em 2003, uma revista publicou a seguinte declaração atribuída ao prestigiado arquiteto e urbanista: “O que acho mais feio em São Paulo é Heliópolis”. Depois de ver a reportagem, Ohtake esclareceu que a intenção foi dizer que o mais feio na cidade era a diferença entre bairros ricos e pobres – “a diferença entre o bairro e Heliópolis, a maior favela”, corrigiu.

Na semana seguinte, uma provocação mudou o curso previsível da história: João Miranda, líder comunitário em Heliópolis, ligou para Ohtake. Em vez de exigir explicações, pediu ao profissional que ajudasse o lugar a ficar mais bonito. Conhecido por obras como os hotéis Unique e Renaissance e o Instituto Tomie Ohtake, dedicado à obra de sua mãe, Ruy se viu diante de um desafio até então inédito na carreira – a “Arquitetura real”, como ele chama. Os “redondinhos” eram um de seus projetos preferidos, contam amigos da Prefeitura que ajudaram a concretizar a ideia. 

Outro exemplo de projeto residencial destacado é a reforma de um sobrado do bairro da Pompéia, em São Paulo, elaborado pela arquiteta Marina Canhadas. A intervenção na construção original repensou a relação entre os ambientes da casa, propondo novas espacialidades. Abertura de novos vãos, antes separados fisicamente, integram salas, cozinha e pátio, e oferecem melhor entrada de luz natural. 

 Outra premissa importante do projeto foi estabelecer relações visuais com as áreas ajardinadas propostas. O verde ganha presença em diversos ambientes.

 

 

Porto Alegre comparece também com o projeto residencial das Casas Caetés, da Pulso Arquitetura, localizadas na Vila Assunção.

Quem passa pela rua não consegue perceber pela fachada a inovação proposta pelo arquiteto e urbanista Cristian Illanes, responsável pelo projeto. A ideia era reproduzir sua experiência de infância e garantir ao filho o acesso a um quintal natural.

Com isso, duas residências foram projetadas unindo conceitos estéticos e sustentáveis. O pátio é integrado aos demais ambientes e as casas possuem aberturas que permitem a circulação de ar com facilidade, proporcionando também iluminação natural.

 

 

 

 

 

A Casa Estreita, como foi chamada uma residência unifamiliar localizada no bairro do Marco em Belém, no Pará,  ganhou notoriedade pelas soluções arquitetônicas funcionais apresentadas para o diminuto espaço. Com três pavimentos, a casa tem apenas 2,75 metros de frente com 22 metros de fundo, totalizando 150 m².

O arquiteto e urbanista Sávio Fernandes foi o responsável pelas propostas arquitetônicas e intervenções que tornaram o espaço ainda mais acolhedor e aconchegante como mostrado no vídeo da campanha.

 

 

 

 

 

Também é de Belém o Conjunto Arquitetônico dos Mercedários, formado pelo Convento dos Mercedários e pela Igreja Nossa Senhora das Mercês. Este complexo arquitetônico, localizado no bairro da Campina em Belém (PA), foi construído em 1640 para receber os frades Pedro de La Rua e João das Mercês, da ordem Mercedária.

Em 1941, o Conjunto Arquitetônico dos Mercedários teve o tombamento histórico pelo o IPHAN. Porém, em 1978, parte do Convento dos Mercedários sofreu um incêndio de grandes proporções, ficando seriamente danificado. O edifício foi reconstruído e desde 2018 é ocupado pela Universidade Federal do Pará com o curso de Restauro e Conservação e o Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural. A Instituição atua ativamente na manutenção e restauração do edifício.

 

Outro exemplo de restauro apresentado no vídeo é a intervenção realizada no Recife na área do Porto Digital, espaço que abriga cerca 300 empresas e instituições dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa (EC) e Tecnologias Para Cidades, unindo empresas, universidades e poder público. O prédio do Polo 235 é o exemplo destacado no vídeo da campanha.

Construção do século 19, com características neoclássica e cologial,  com 79 metros de comprimento, o prédio encontrava-se em ruína quando foi incorporado ao complexo do Porto Digital em 2014. 

O projeto arquitetônico é do arquiteto e urbanista Juliano Dubeux. A obra de restauro é do arquiteto e urbanista Jorge Passos.

 

O Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, também no Recife, projeto do escritório Brasil Arquitetura, foi construído com o reaproveitamento de um dos armazéns do antigo Porto do Recife  somado a uma ampla área contígua. Para o antigo galpão, com 2.500 metros quadrados,  foram destinadas as funções do museu propriamente ditas, com a exposição de longa duração em homenagem ao “Mestre Lua” e ao mundo sertanejo. Um novo edifício, de 5.000 metros quadrados, abriga um auditório, salas de exposições temporárias,  espaços para cursos, reserva técnica e um restaurante no jardim de cobertura, de onde se descortina de um lado o Recife antigo e, do outro, o mar e seu arrecife.  O mais importante elemento da arquitetura do museu é o cobogó gigante, criado especialmente para o projeto.

 

“Se tivéssemos que resumir em poucas palavras o que é o Cais do Sertão, diríamos que é o encontro da técnica com a poética, do high-tech com o low-tech, do rigoroso e rico conteúdo com a possibilidade de livre interpretação e desfrute; enfim, um lugar para o gozo estético. Sertão à beira-mar” – descrevem os arquitetos e urbanistas Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, da Brasil Arquitetura.

 

Fonte: CAU/BR

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