O CAU/GO participa, através da assessora institucional Maria Ester de Souza, do Seminário Nacional de Meio Ambiente, em Rio Branco, no Acre, que ocorre entre os dias 8 e 10 de setembro. O evento tem como tema “Urbanização e mudanças climáticas: desafios para cidades resilientes na Amazônia”. O conselheiro federal por Goiás, Nilton Lima, também está presente no encontro.
O seminário é uma realização do CAU Brasil, através da Comissão de Política Urbana e Ambiental (CPUA) e tem como objetivo formular estratégias para a preservação do patrimônio natural brasileiro representado pela Amazônia. Em especial, a reunião visa a estruturação do Projeto Amazônia, uma proposta de ação a ser apresentada no 23º Congresso Internacional da UIA, em Copenhague, na Dinamarca.
“Importantíssimo podermos estar aqui em Rio Branco, discutindo o meio ambiente no contexto das cidades e posicionando o CAU neste momento”, afirmou o conselheiro federal, Nilton Lima. “Ao chegar à capital do Acre o ambiente estava difícil de respirar, muita fumaça, com cheiro característico de queimada.” Para o arquiteto e urbanista, as cidades e o modelo atual de desenvolvimento econômico e urbanístico precisam mudar drasticamente.
“Precisamos repensar como podemos nos desenvolver em sintonia com o meio ambiente. Não é um problema distante, é um problema real, presente, tem forma, tem cheiro, tem consequências graves e com certeza deverá mudar nossas vidas, nossas cidades e nossa economia.”
Legislação
O evento começou com o Encontro Regional de Comissões de Política Urbana e Ambiental (CPUAs). A primeira mesa contextualizou os participantes sobre proposições legislativas que impactam o trabalho dos arquitetos e urbanistas. A apresentação do tema foi feita pela Chefe da Assessoria de Relações Institucionais e Parlamentares do CAU/BR, Luciana Rubino.
Pelo menos quinze projetos de lei, emendas e outras proposições tramitam na Câmara Federal e no Senado com algum nível de interferência sobre o exercício da arquitetura e urbanismo. As proposições tratam de temas como licenciamento ambiental, Áreas de Preservação Permanente, catástrofes socioambientais, crimes ambientais, desenvolvimento sustentável, planejamento urbano sustentável, sustentabilidade e mobilidade urbana, sustentabilidade na construção civil e nas edificações.
O encontro também pretendeu oferecer aos participantes, representantes dos CAU/UF de entidades da Arquitetura e Urbanismo, um contexto sobre as especificidades de ocupação da Amazônia. Para isso, a organização convidou representantes de iniciativas que realizam experiências práticas de urbanização no território. O arquiteto e urbanista Thomaz Ramalho falou sobre a experiência do projeto ANDUS implementada em Amajari/RR. O projeto apresenta soluções baseadas na natureza para a urbanização e regularização fundiária na Amazônia.
A experiência do Programa Morar, Conviver e Preservar a Amazônia, realizado pela Rede Amazônia, foi apresentada aos participantes do Encontro da CPUA. A Rede forma agentes multiplicadores de regularização fundiária e prevenção de conflitos socioambientais urbanos na região amazônica, trabalho que conta com amplo trabalho de ensino, pesquisa e extensão. A coordenadora do projeto, Myrian Cardoso, falou sobre os resultados da intervenção sobre a complexa realidade da ocupação do território amazônico.
Com informações do CAU Brasil.