O CAU/SP, em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), lançou no dia 14 de outubro, o concurso público nacional de projeto de Arquitetura e Urbanismo para reformar seu edifício-sede, o Edifício XV de Novembro, localizado na rua de mesmo nome, número 194, no Triângulo Histórico da cidade de São Paulo.
A iniciativa visa garantir um processo licitatório transparente e democrático para reunir projetos de diversas regiões. As inscrições estarão abertas no período de 07 de novembro de 2022 a 28 de novembro de 2022, exclusivamente por via eletrônica, em formulário disponível no site oficial do Concurso (clique aqui para acessar).
A escolha da melhor proposta será feita em duas etapas, sendo que a proposta classificada em 1º lugar terá a contratação do profissional vencedor e sua equipe para o desenvolvimento dos Anteprojetos e Projetos Executivos e Complementares. O vencedor será, posteriormente, contratado para o desenvolvimento dos Projetos Executivos Completos de Arquitetura e demais projetos complementares, conforme o edital do concurso (clique para acessar).
“Valorizamos o concurso como modalidade importante para a contratação de projetos de Arquitetura e Urbanismo, e servir, em caráter exemplar, a outras instituições públicas, notoriamente em seu processo de formulação de modo a garantir participação ampla e aberta dos profissionais”, destaca Catherine Otondo, presidente do CAU/SP.
Premiações
O Concurso para a reformar o edifício-sede do CAU/SP terá as seguintes premiações: primeiro colocado o prêmio de R$ 40 mil mais contrato para desenvolvimento do projeto, certificado de participação e divulgação pública; o segundo classificado receberá o valor de R$ 40 mil mais certificado de participação e divulgação pública e o terceiro colocado será premiado também com o valor de R$ 40 mil mais certificado de participação e divulgação pública.
Além dessas premiações o concurso terá menções honrosas mais certificado de participação e divulgação pública para participantes e, ainda, destaques com certificado de participação para demais classificados.
Comissão julgadora
O concurso público nacional de projeto de Arquitetura e Urbanismo para reformar seu edifício-sede, o Edifício XV de Novembro, terá a coordenação dos arquitetos e urbanistas Marcelo Suzuki e Roberto Fialho.
Participam da comissão julgadora os titulares Marcelo Barbosa (SP), arquiteto e urbanista indicado pelo IAB; Maria Lúcia Pereira de Almeida (SP), arquiteta e urbanista indicada pelo CAU/SP); Nivaldo Vieira de Andrade (BA), arquiteto e urbanista indicado pelo CAU/SP; Paula Zasnicoff (MG), arquiteta e urbanista indicada pelo IAB e Renata Semin (SP), arquiteta e urbanista indicada pelo IAB. Como suplentes integram a comissão os seguintes profissionais de arquitetura e urbanismo: Ronaldo Ruiz (SP) indicado pelo CAU/SP e Tania Nunes Galvão Verri (PR), indicado pelo IAB.
Sobre o edifício-sede
O imóvel, que já abriga a nova sede do Conselho, apresenta importância histórica e simbólica como bem cultural e constitui oportunidade para a consolidação de um novo endereço de referência para a Arquitetura e Urbanismo em São Paulo.
Além de tornar o edifício plenamente adequado à realização de todas as atividades internas da autarquia, o concurso busca oferecer um lugar com significado, cujo caráter expresse os valores e as aspirações do Conselho.
O prédio foi projetado e construído pelo escritório F. P. Ramos de Azevedo & Cia, Engenheiros Arquitetos em 1920, conforme foto no acervo do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).
O Edifício XV de Novembro, implantado de forma geminada conforme loteamento tradicional das cidades brasileiras, foi por muitas décadas a sede do Banco Português do Brasil em São Paulo. Pode-se afirmar que é representativo do início da verticalização da cidade.
Na fachada sobressai o pé-direito alto decorado com pilastras emparelhadas da ordem coríntia, a ornamentação externa feita de palinetas, frisos e contornos em alto relevo, as janelas formando arcarias nos pavimentos superiores, todas com muitos ressaltos.
São respeitadas as proporções clássicas, mas a diferença de escala, a incongruência entre estrutura e aspecto externo e a diversidade dos materiais aplicados, tornam imprecisa a obediência formal ao cânone clássico.
Acesse o hotsite do concurso e saiba mais sobre o concurso. Clique aqui.
Fonte: CAU/BR