Além de patrocinar a Jornada de Estudos Brasileiros 2016, sobre restauro do patrimônio edificado, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás marcou presença no evento que teve início na noite de quarta-feira (17), e se estendeu durante toda a quinta-feira (18).
A Conselheira do CAU/GO e coordenadora da Comissão Especial de Planejamento Urbano e Ambiental (CEPUA), Regina de Faria Brito, esteve presente na cerimônia de abertura da Jornada, dia 17, representando a autarquia. A conselheira citou o “Pacto pela cidade”, documento que está sendo elaborado pelas unidades federativas do CAU juntamente à sede nacional, para apresentar aos candidatos prefeitáveis solicitações para cidades melhores, reconhecendo a importância dos arquitetos e urbanistas neste processo.
Na ocasião, Wolney Unes, um dos organizadores da Jornada, agradeceu ao CAU/GO pelo apoio e incentivo ao evento. O palestrante da noite, Andrey Schlee, diretor do departamento de patrimônio material do Iphan, instigou os presentes com questionamentos como “patrimônio: o que vamos deixar para as próximas gerações?”, discorrendo sobre a relação entre degradação urbana e destruição de patrimônios culturais e a perda da qualidade de vida.
De acordo com Schlee, o ser humano precisa reconhecer a cidade em que vive, e, para isso, são necessários arquitetos comprometidos com a história, cultura e identidade dos locais já que a arquitetura é representativa. Ainda segundo o palestrante, a preservação do patrimônio cultural e o progresso social não são incompatíveis, pelo contrário; a conciliação de ambos representa preservação do bem-estar social.
Após a palestra, foi aberrta a exposição de fotos “Cidade Visíveis: Tempo, Espaço e Narrativa”, com a proposta de resgatar as histórias do patrimônio urbanístico através do olhar dos fotógrafos, convidando o visitante a um passeio pelas cidades do seu imaginário.
Mesa redonda
O CAU/GO esteve presente também na terceira mesa redonda do encontro, na tarde do dia 18. A vice-presidente do conselho, Maria Ester de Souza, intermediou um debate acerca de projetos complementares na salvaguarda do patrimônio edificado. Os palestrantes convidados foram Wagner Matias, restaurador na Matias Artes Restaurações, em Minas Gerais, e Cristiane Loriza Dantas, professora e coordenadora do curso de Arqueologia da PUC Goiás.
Maria Ester reforçou que o conselho é fomentador de eventos como a jornada, que promovem debates construtivos para profissionais e estudantes. A vice-presidente falou também sobre algumas atribuições e atividades da autarquia.
Wagner Matias trouxe o tema “Apropriação de materiais pelo restaurador”, explicando passo a passo do processo de restauração feito pela empresa na Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, e ratificando a importância da legibilidade das obras.
Cristiane Loriza explanou sobre “Arqueologia em obras de restauração: um diálogo possível”, trazendo casos de trabalho e preservação de bens arqueológicos em cidades históricas no estado de Goiás.