A edição deste ano do projeto de extensão da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG) Deriva do Bem, será realizada na próxima sexta e sábado, dias 23 e 24 de junho. Com o tema “Invisíveis”, o objetivo é promover o encontro dos participantes com a cidade e com as pessoas que a habitam.
“A Deriva, em sua edição de 2023, convida as pessoas para um retorno ao centro a fim de observar o que acontece por trás das cortinas desse setor tão reconhecido na cidade”, anuncia o release do evento. “Quais são os lugares que não são olhados? Quais são as pessoas que não são vistas? Quais os temas que são ignorados? Quanto do Setor Central é invisível para os olhos desatentos?”
Na sexta-feira, 23, às 19h30 ocorre um bate-papo com a participação do arquiteto e urbanista Rafael Tavares, do projeto Goiânia Invisível. Essa parte da Deriva será no Centro Cultural da UFG, Praça Universitária.
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Na manhã do sábado, 24, é quando ocorre a caminhada pelo Centro, com ponto de encontro no Beco da Codorna às 9h. O encerramento será no Tô Bar às 12h30.
A participação é gratuita, porém o projeto pede aos participantes a doação para entidades que apoiam o trabalho de recuperação de pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas de Goiânia. Neste ano, a Deriva apoia o projeto Goiânia Invisível com itens de higiene pessoal (sabonetes, creme dental e escovas de dentes) e também a Associação Tio Cleobaldo, em sua campanha de agasalhos.
“A Deriva propõe às pessoas um mergulho na cidade, promovendo a construção de novas memórias afetivas, o amadurecimento da consciência na relação corpo-cidade e o desenvolvimento do olhar”, diz o material de divulgação.
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O projeto
O surgimento do projeto ocorreu a partir de uma disciplina optativa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em 2008, mas seu alcance e desdobramento fizeram com que, desde 2012, se tornasse um projeto de extensão da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG).
A ideia é simples e também explica o nome do evento: convidar as pessoas para caminhar pela cidade, à deriva, muitas vezes sem um roteiro preestabelecido, para vê-la com mais atenção e cuidado. A participação é gratuita, porém o projeto pede aos participantes a doação para entidades que apoiam o trabalho de recuperação de pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas de Goiânia.
Coordenado pelo professor Bráulio Vinícius Ferreira e pelo arquiteto e urbanista Altillierme Carlo, egresso da FAV, o projeto de extensão ao longo desses 10 anos contou com dezenas de colaboradores, estudantes de arquitetura de várias universidades, arquitetos, professores, engenheiros, advogados e psicólogos, que juntos formaram um grupo multidisciplinar. Essa diversidade possibilita lançar olhares heterogêneos para a cidade, agora de uma forma mais atenta e observadora.