O tema eficiência energética se torna cada dia mais importante no atual contexto mundial, visto que a evolução tecnológica, a automatização e a informatização requerem altas doses de energia. Neste sentido, buscando soluções em arquitetura e urbanismo que contribuam para a sustentabilidade, é que permeiam as discussões do Seminário de Arquitetura e Urbanismo 2016, promovido pelo CAU/GO.
O seminário traz como tema principal tecnologias sustentáveis, abordando algumas vertentes específicas, como energia. O professor da Universidade de Santa Catarina Roberto Lamberts, autor do livro “Eficiência Energética em Arquitetura” afirma que trará à palestra exemplos de bons projetos arquitetônicos, pensando o clima local e com equipamentos de alta eficiência. “Hoje, um dos problemas recorrentes nos projetos arquitetônicos é a ausência de propostas que considerem o clima ambiente, o que tende a provocar um maior dispêndio nos custos com a obra, bem como um desnecessário consumo de energia. Nossa pretensão é demonstrar que a utilização de alternativas sustentáveis pode fazer toda a diferença”, conclui.
Atualmente, parte majoritária do consumo de energia elétrica em habitações residenciais no Brasil é direcionada à manutenção de geladeiras, chuveiros, lâmpadas e, mais recentemente, aparelhos de ar-condicionado. Isso significa que um bom projeto arquitetônico alinhado às variáveis climáticas locais é capaz de atender as necessidades de conforto térmico e de iluminação ao mesmo tempo em que propicia a redução da demanda de gasto energético. Para esse efeito, outra medida cabível é a adoção de fontes alternativas de energia, como a solar, que pode ser provida tanto através da geração e armazenamento de energia elétrica (fotovoltaica) como do aquecimento solar da água.
De acordo com o Rodrigo Kimura, também palestrante do Seminário, que é Conselheiro Regional Sul da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar é uma importante opção de complemento à matriz energética brasileira, pois não gera resíduos e nem ruídos, se constituindo, assim, uma das formas mais limpas de energia. Para ele, graças às condições climáticas e ambientais do país, o uso desse tipo de fonte como alternativa à energia elétrica no Brasil só tende a crescer. “O Brasil depende hoje predominantemente de fontes de geração hídrica, que são finitas, por isso há a necessidade de buscar novos caminhos. Nos últimos anos, a energia solar tem ganhado força por ser renovável e possuir custos bastante competitivos em relação às outras opções”, justifica.
O Seminário de Arquitetura e Urbanismo 2016: Tecnologias Sustentáveis acontece nos dias 26 e 27 de outubro, próximas quarta e quinta-feira. Confira a programação completa clicando aqui.