CAU+

“Nós, arquitetos, fazemos parte de uma cadeia produtiva e precisamos entendê-la”

Assim como existiu uma transição da elaboração de projetos em prancheta com régua e lápis para os softwares do tipo CAD, o período agora deve ser de transição para os softwares BIM, como forma do profissional se destacar e se adaptar ao mercado atual. Essa é a opinião do arquiteto e urbanista Rychard Ganzo, que palestrou na última terça-feira no IPOG, dentro da programação do CAU+. O evento teve a participação de 86 arquitetos(as) e urbanistas.

Traduzindo BIM para “Modelo de Formação da Construção”, Rychard Ganzo demonstrou durante a palestra a importância do profissional aderir à digitalização na elaboração de seus projetos.

Assista à palestra completa abaixo!

Em um mercado de trabalho onde, segundo Rychard Ganzo, a Arquitetura é cada vez mais produzida em uma “esteira de montagem” de uma linha de produção, em que os projetos precisam ser realizados mais rapidamente, o BIM atua como ferramenta primordial para atender a essa demanda.

“Não dá mais para ficar seis meses ou dois anos trabalhando em um projeto”, afirmou. Ganzo explicou que, com o trabalho em conjunto de uma equipe em softwares BIM, a elaboração de projetos desses grandes edifícios pode ser finalizada em até três meses.

O palestrante definiu o BIM como um arquivo digital em que se verifica tudo aquilo que é necessário para executar um projeto. E, nesse mesmo arquivo, toda a equipe de profissionais envolvida no projeto pode trabalhar em suas respectivas tarefas, simultaneamente.

Além disso, todo o processo realizado, desde materiais utilizados na fundação a detalhes da decoração como portas, lâmpadas e tintas escolhidas, são documentados, o que contribui para a correta manutenção da edificação.

O BIM, segundo ele, também contribui para que os arquitetos elaborem seus projetos de forma a reduzir custos na hora da execução. Por exemplo, levando em conta os padrões dos produtos fabricados pelas diversas indústrias de materiais – evitando, assim, matérias-primas personalizadas demais, que podem acabar encarecendo bastante a obra. “Nós, arquitetos, fazemos parte de uma cadeia produtiva e precisamos entendê-la”, afirmou.

Capacitação
O CAU+ é uma iniciativa da Comissão de Ensino e Formação da Gestão 2024-2026. O objetivo é contribuir para a contínua formação e atualização profissional dos arquitetos e urbanistas do Estado. Na primeira edição do projeto, realizada em maio, foram abordados os temas Contratos e Tributos.

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