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Patrocínio: Quintal nos Bairros apresenta projeto de praça a moradores

Na última sexta-feira, 3, o projeto Quintal nos Bairros (UFG) finalizou mais uma etapa de seu trabalho em Assistência Técnica junto à comunidade, com a apresentação da maquete da futura praça dos bairros Orlando de Morais e Antônio Carlos Pires, em Goiânia. O trabalho conta com patrocínio do CAU/GO, por meio do edital de 2021.

A ação foi realizada na Escola Municipal Professora D’ Alka Leles, onde os universitários, voluntários e professores envolvidos fizeram a devolutiva do projeto urbanístico desenvolvido em formato participativo com a população. Para a construção da praça, o projeto articula diálogo com a Prefeitura e a Câmara.

Conselheira Celina Manso participou do evento

“O projeto reforça a ideia de que mudar, construir e habitar a cidade é uma tarefa coletiva”, afirma a conselheira Celina Manso, que representou o Conselho no evento. “As soluções propostas devem ser construídas democraticamente”. Para a arquiteta e urbanista, por mais “relevantes e criativos” que sejam os instrumentos de planejamento, eles só adquirem verdadeira importância ao terem sua operacionalização, regulamentação e implementação efetivadas com a participação e monitoramento dos cidadãos.

Também estiveram presentes no encontro o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, o diretor da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Bráulio Vinícius, representantes da AUFGO (Associação União e Força de Goiás) e da Comurg.

Projeto
O projeto Quintal nos Bairros, que atende aproximadamente 8 mil pessoas, visa não só a criação do projeto da praça para uma área pública, como também o desenvolvimento da perspectiva de cidade e do imaginário local dos moradores com os espaços urbanos.

Para o coordenador do Coletivo Quintal, arquiteto e urbanista Wagner Rezende (FAV/UFG), é fundamental que a comunidade esteja engajada. ”Se não há ocupação dos espaços públicos, eles morrem. Vários espaços são projetados sem nenhum diálogo com a população e acabam se deteriorando”, afirma. “Porque não basta produzir espaços públicos, é preciso mantê-los.”

A partir do entendimento dessa necessidade, o processo do projeto foi dividido em cinco etapas interdependentes, chamadas estratégica, experimental, insurgente, reflexiva e expressiva. Elas possibilitam uma articulação entre os moradores, universidade, prefeitura, CAU e demais envolvidos, com uma sensibilização em relação aos problemas, demandas e sonhos da comunidade, além de promover momentos de diversão e interação entre as pessoas.

A devolutiva do projeto da praça foi apenas uma de outras 11 ações realizadas pelo Futura Praça, que incluíram um fórum de debate sobre espaços públicos, a criação de um jogo de montar e de um livreto educativo sobre olhar para o seu bairro, atividades com crianças e com idosos. Vale ressaltar a realização do festival fotográfico, usado como ferramenta de sensibilização, que chamou a atenção para os pontos interessantes do bairro. O resultado desse festival foi exposto em um mural, em uma ação festiva para os moradores, com entrega de prêmios e uma intervenção artística, com escritas de crianças em papéis colados em um pequizeiro.

Wagner Rezende afirma que o projeto acaba, teoricamente, quando a praça estiver construída, mas que as demandas trabalhadas ecoarão no cotidiano dos bairros. Em 2022, o processo terá continuidade, a fim de apresentar ideias para prefeito e vereadores e articular verba para uma parte da praça, viabilizar a construção de calçadas e demais necessidades dos moradores, além de expor o projeto e aplicar um questionário, medindo a satisfação da população sobre o que foi apresentado.

Para o coordenador, promover um projeto como o Futura Praça ressalta o sentimento de esperança. “Ela (a esperança) é para onde converge o desejo, o interesse e a vontade das pessoas. Então, ali nós contribuímos para construir esperança”, afirma. O termo também vai ao encontro da realidade vivenciada após a morte do professor Lucas Felício, integrante do Coletivo Quintal e do Projeto da Futura Praça. “Foi um choque muito forte. Mas, naquele momento, eu me senti muito determinado a dar continuidade. Logo no início eu conversei com um grupo de estudantes e disse ‘nós precisamos ir até o fim’. Em memória do Lucas, devemos levar adiante e não desistir.”

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