Diante do acidente ocorrido no Parque Amazônia na manhã do dia 11 de janeiro, no qual o desabamento de marquise de edificação de uso comercial esmagou as pernas do locatário do espaço, o CAU/GO orienta a sociedade em geral sobre a necessidade e a importância da elaboração de projetos e execução de obras por profissionais habilitados. “O profissional arquiteto e urbanista possui qualificação técnica para essas atividades e é responsável pela aplicação das normas técnicas que garantem qualidade e segurança às edificações e aos seus usuários”, ressalta a gerente técnica Isabel Barêa Pastore.
Para saber se um profissional é ou não habilitado o ideal é buscar informações no seu Conselho de Classe, lembrando de obter todas as licenças necessárias à edificação de novos espaços junto aos órgãos de fiscalização.
O CAU/GO alerta ainda que, além dos os cuidados na construção de novas edificações, é preciso realizar nas obras antigas os reparos e manutenções necessárias ao bom desempenho das estruturas e instalações para garantir o bom funcionamento e a segurança de quem nelas habita ou trabalha. “Lamentamos o ocorrido e informamos que estamos trabalhando em busca da conscientização da sociedade quanto ao exercício regular da nossa profissão como garantia de espaços mais humanos e qualificados”, conclui Isabel.
A tragédia
O comerciante Josias Pereira dos Santos, 48 anos, estava abrindo sua panificadora no Parque Amazônia na manhã de sábado, 11 de janeiro, quando a marquise desabou atingindo suas duas pernas. Câmeras de segurança registraram o momento em que a estrutura entra em colapso sobre o homem. A esposa de Josias, Lídia Soares da Silva Souza também estava no local e tentou retirá-lo dos destroços, mas não conseguiu, tendo que acionar o corpo de bombeiros. Com ferimentos graves, ele foi levado para o Hospital de Urgência de Goiânia e teve parte de ambas as pernas amputadas. Segundo a filha do casal, Josiene dos Santos, o pai já havia constatado infiltrações e rachaduras no imóvel e informado o proprietário. Ainda de acordo com ela, ele havia dito que iria fazer a reforma assim que passasse o período chuvoso. De acordo com a Defesa Civil, o imóvel foi isolado, mas os edifícios vizinhos não correm risco de desabamento.
Foto: Selma Cândida / Jornal O Hoje